Mostrando 3169 resultados

Registros de Autoridade

Bernardino da Cunha Ferreira

  • AR-PE-BCF
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Minas Gerais - 15ª Legislatura.

Bernardo Avelino Gavião Peixoto

  • AR-PE-BAGP
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por São Paulo - 10ª, 13ª e 17ª Legislaturas.

Bernardo Belisário Soares de Souza

  • AR-PE-BBSS
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Minas Gerais - 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 8ª, 9ª e 10ª Legislaturas.

Bernardo Carneiro Pinto de Almeida

  • AR-PE-BCPA
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado pelo Rio de Janeiro - 1ª Legislatura.

Bernardo de Mello Franco

  • AR-PE-BMF
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Minas Gerais -13ª Legislatura.

Bernardo de Souza Franco

  • AR-PE-BSF
  • Pessoa
  • 28-06-1805 a 08-05-1875

Visconde de Souza Franco
Senador pelo Pará - 9°, 10°, 11°, 12°, 13°, 14°, 15° Legislaturas
Deputado pelo Pará - 4ª, 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª Legislaturas
Ministro do Ministério dos Estrangeiros - 7ª Legislatura
Ministro da Fazenda - 7ª e 10ª Legislaturas
Conselheiro de Estado no 2º Conselho de Estado

Bernardo Duarte Brandão

  • AR-PE-BDB
  • Pessoa
  • 15-07-1832 a 19-06-1880

Deputado pelo Ceará - 12ª, 13ª Legislaturas
Barão do Crato

Bernardo Jacintho da Veiga

  • AR-PE-BJV
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Minas Gerais - 5ª Legislatura.

Bernardo José da Gama

  • AR-PE-BJG
  • Pessoa
  • 20-08-1782 a 03-08-1854

Marquês de Goiana
Barão de Goiana
Deputado pelo Pará - 3ª Legislatura
Deputado por Pernambuco - 6ª Legislatura
Ministro do Império - 2ª Legislatura

Bernardo José de Serpa Brandão

  • AR-PE-BJSB
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Pernambuco - 1ª Legislatura.

Bernardo José Pinto Gavião Peixoto

  • AR-PE-BJPGP
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por São Paulo - 6ª e 7ª Legislaturas.

Bernardo Lobo de Souza

  • AR-PE-BLS
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado pela Paraíba - 2ª e 3ª Legislaturas.

Bernardo Pereira de Vasconcelos

  • AR-PE-BPV
  • Pessoa
  • 27-08-1795 a 01-05-1850

Senador por Minas Gerais - 4°, 5°, 6°, 7°, 8° Legislaturas.
Deputado por Minas Gerais - 1ª, 2ª, 3ª, 4ª Legislaturas.
Ministro da Fazenda - 2ª Legislatura
Ministro do Império - 3ª e 4ª Legislaturas.
Conselheiro de Estado no 2º Conselho de Estado

Bertha Maria Júlia Lutz

  • AR-PE-BMJL
  • Pessoa
  • ☆ 02-08-1894 † 16-09-1976

Deputada Federal - RJ (1936–1937)
Atividades Profissionais e Cargos Públicos:
Naturalista, Museu Nacional, Seção de Botânica, Rio de Janeiro, RJ; Secretária, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ; Tradutora, Instituto Osvaldo Cruz, Seção de Zoologia, Rio de Janeiro, RJ, 1918; Inspetora do Ensino Secundário, Ginásio Masculino de Lorena, Lorena, SP, 1920; Chefe da Seção de Botânica, Museu Nacional, Rio de Janeiro, RJ, 1937.

Atividades Sindicais Representativas de Classe Associativas e Conselhos:
Fundadora, Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, 1919; Vice-Presidente, Sociedade Pan-Americana; Fundadora e Presidente, Federação Brasileira para o Progresso Feminino, 1922-1942; Fundadora, União Universitária Feminina, 1929; Fundadora, Liga Eleitoral Independente, 1932; Fundadora, União Profissional Feminina e a União das Funcionárias Públicas, 1933; Membro, Sociedade Internacional das Mulheres Geógrafas; Diretora, Aliança Internacional pelo Sufrágio Feminino e Igualdade Política entre Sexos; Comissão Feminina Consultiva do Trabalho da Mulher; Escritório Internacional do Trabalho, da Sociedade das Nações, Genebra, Suíça; Escritório Internacional de Proteção à Natureza; Museu Americano de História Natural, Nova Iorque, EUA.

Estudos e Cursos Diversos:
Botânica, Ciências Naturais, Zoologia, Embriologia, Química, Biologia, Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, Sorbonne, 1918; Direito, Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, 1933.

Obras Publicadas:
Além de diversos artigos escritos para periódicos nacionais e estrangeiros e da colaboração que prestou ao Boletim da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e aos Arquivos do Museu Nacional, publicou: Índice dos Arquivos do Museu Nacional, I-XXII, 1876-1919 (1920), A nacionalidade da mulher casada (1933), Brazilian species of hyla (1973), O papel educativo dos museus modernos, O ensino doméstico nos Estados Unidos, Treze princípios básicos; sugestões ao anteprojeto da Constituição, O trabalho feminino; a mulher na ordem econômica e social, Estatuto da mulher e Estudos sobre a biologia floral da Mangifera indica L..

Perdas de Mandato:
Perdeu o mandato de Deputada Federal, na Legislatura 1935-1937, em 10 de novembro de 1937, em virtude da implantação do Estado Novo que suprimiu os órgãos legislativos do país.

Beto Mansur

  • AR-PE-PRGM
  • Pessoa
  • 07-07-1951 -

Deputado Federal por São Paulo - 49ª, 50ª, 53ª, 54ª e 55ª Legislaturas
Deputado(a) Federal - 1991-1995, SP, PDT, Dt. Posse: 01/02/1991;
Deputado(a) Federal - 1995-1997, SP, PPR, Dt. Posse: 01/02/1995;
Deputado(a) Federal - 2007-2011, SP, PP, Dt. Posse: 01/02/2007;
Deputado(a) Federal - 2011-2015, SP, PP, Dt. Posse: 01/02/2011;
Deputado(a) Federal - 2015-2019, SP, PRB, Dt. Posse: 01/02/2015.
Disponível em: https://www.camara.leg.br/deputados/73437/biografia

Beto Salame

  • AR-PE-RSF
  • Pessoa
  • ☆ 12-02-1974 † -

Deputado Federal – PA (2015-2019)

Blairo Maggi

  • AR-PE-BBM
  • Pessoa
  • ☆ 29-05-1956 †

Senador - MT (1995-2003)
Governador - MT (2003-2007)
Governador - MT (2007-2010)
Senador - MT (2011-2019)

Bohn Gass

  • AR-PE-EJBG
  • Pessoa
  • ☆ 05-02-1962 † -

Deputado Federal - RS 2011-2015
Deputado Federal - RS 2015-2019
Deputado Federal - RS 2019-2023
Deputado Federal - RS 2023-2027

Braz Carneiro Nogueira da Costa Gama

  • AR-PE-BCNCG
  • Pessoa
  • 22-05-1812 a 12-05-1887

Conde de Baependi
Senador pelo Rio de Janeiro - 14°, 15°, 16°, 17°, 18°, 19°, 20° Legislaturas
Deputado pelo Rio de Janeiro - 5ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 14ª Legislaturas

Brazilio Quaresma Torreão

  • AR-PE-BQT
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado pelo Rio Grande do Norte - 4ª Legislatura.

Bresser Pereira

  • AR-PE-LCBP
  • Pessoa
  • ☆ 30-07-1934 †

Luiz Carlos Bresser-Pereira nasceu em São Paulo, em grau 1934, é professor emérito da Fundação Getúlio Vargas, onde leciona desde 1959 e editor da Revista de Economia Política desde 1981. Suas principais influências vêm de Marx, Weber, Keynes e do estruturalismo latino-americano. Suas contribuições teóricas mais significativas, em teoria política e social, foram nossos temas: teoria da classe média tecnoburocrática ou profissional, teoria da relação entre a democracia e o capitalismo, e teoria da administração pública gerencial; em economia, foram o modelo de crescimento e distribuição clássica, a teoria da inflação inercial, e a crítica metodológica da economia neoclássica. Desde o início de 2000, ele associou a economia com a teoria política em um novo quadro teórico, o Novo Desenvolvimentismo, que compreende uma macroeconomia de desenvolvimento e uma economia política. Na interpretação do Brasil, ele combinou a análise de modelos econômicos com a discussão das coalizões históricas de classe correspondentes. Ele foi ministro da Fazenda, e nessa carga convertida plano de estabilização, que veio a ser chamado, "Plano Bresser", mas foi incapaz de controlar a inflação alta e inercial do tempo, e propôs uma solução geral para a crise da crise dos anos 1980 que o secretário do Tesouro dos EUA rejeitou, mas 18 meses se transformou no Plano Brady. No governo Fernando Henrique Cardoso foi ministro da Administração Federal e Reforma do Estado (1995-1998), onde iniciou a Reforma Gerencial do Estado de 1995 e, em 1999, o ministro da Ciência e Tecnologia.. Desde julho de 1999, ele se dedicou exclusivamente à vida acadêmica. Em 2010 ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Buenos Aires; em 2012, o James Street Scholar 2012 da Association for Evolutionary Economics – AFEE; e em 2015, o prêmio Juca Pato da União Brasileira de Escritores. Alguns de seus livros em português: Desenvolvimento e Crise no Brasil (1968/2003), A Sociedade Estatal e a Tecnoburocracia (1981), Inflação e Recessão Yoshiaki, com Nakano (1984), Lucro, Acumulação e Crise (1986), Construindo o Estado Republicano (1994), Globalização e Competição (2009), A Construção Política do Brasil (2014), Macroeconomia Desenvolvimentista (com José Luis Oreiro e Nelson Marconi, 2016).

Brigada de Artilharia da Marinha

  • AR-EC-BAM
  • Entidade coletiva
  • 31-01-1826

Na Independência do Brasil, lutou com a denominação de Batalhão de Artilharia de Marinha do Rio de Janeiro. D. Pedro I fêz dessa unidade, em 1826, uma imperial brigada de artilharia de marinha com 1.753 homens de efetivo. Na revolução de Pernambuco também teve boa 'atuação, assim como na guerra com os países platinos. Recebeu no Império e na República 8 denominações diferentes: Imperial Brigada de Artilharia de Marinha (1826), Corpo de Artilharia de Marinha (1827), Infantaria de Marinha (1847), Batalhão Naval (1852), Corpo de Infantaria de Marinha (1895), Batalhão Naval. (1908), Regimento Naval (1924) e atualmente Corpo de Fuzileiros Navais (1932)

Bruno Araújo

  • BCA
  • Pessoa
  • ☆15-03-1972†

Deputado Federal - PE (2007-2011)

Deputado Federal - PE (2011-2015)
Deputado Federal - PE (2015-2019)

Bruno Covas

  • AR-PE-BCL
  • Pessoa
  • ☆ 07-04-1980 † - 16-05-2021

Deputado Federal – SP (2015-2019)

Caetano Alberto Soares

  • AR-PE-CAS
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Bacharel em direito formado pela Universidade de Coimbra

Caetano Alves Rodrigues Horta

  • AR-PE-CARH
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Minas Gerais - 9ª Legislatura.

Caetano José da Cunha

  • AR-PE-CJC
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Caetano Maria Lopes Gama

  • AR-PE-CMLG
  • Pessoa
  • 05-08-1795 a 21-06-1864

Visconde de Maranguape
Senador pelo Rio de Janeiro - 4°, 5°, 6°, 7°, 8°, 9°, 10°, 11°, 12° Legislaturas
Deputado por Pernambuco - 1ª Legislatura
Deputado por Goiás - 2ª Legislatura
Ministro do Império - 4ª Legislatura
Ministro do Ministério dos Estrangeiros - 4ª e 10ª Legislatura
Ministro da Justiça - 6ª e 11ª Legislatura
Conselheiro de Estado no 2º Conselho de Estado

Caetano Pinto de Miranda Montenegro

  • AR-PE-CPMM
  • Pessoa
  • 16-09-1748 a 11-01-1827

Marquês de Vila Real da Praia Grande
Senador pelo Mato Grosso - 1ª Legislatura.
Ministro da Fazenda em 1822
Ministro da Justiça em 1822 e 1823
Viconde da Praia Grande

Caetano Xavier da Silva Pereira

  • AR-PE-CXSP
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado por Mato Grosso - 12ª e 13ª Legislaturas.

Caetano Xavier Pereira de Brito

  • AR-PE-CCPB
  • Pessoa
  • (não identificada) a (não identificada)

Deputado pelo Rio Grande do Sul - 1ª Legislatura.

Caixa de Amortização

  • AR-EC-CA
  • Entidade coletiva
  • De 15-11-1827 a 22-12-1967

Câmara dos Deputados

  • AR-EC-CD
  • Entidade coletiva
  • 1826

A História do Brasil mostra a todos nós a importância da participação da Câmara dos Deputados nos grandes momentos do Parlamento brasileiro – durante o Império e depois da Proclamação da República, nos temas em discussão, nos contenciosos mais importantes da vida brasileira e na formulação de uma legislação democrática e cidadã – momentos estes registrados em mais de 3,5 milhões de páginas dos Anais Parlamentares. Aliás, a História Parlamentar do Brasil, no Império e na República, resgata o extremo valor da representação popular.
A história da Câmara dos Deputados começa a ser escrita na Província do Rio de Janeiro em 17 de abril de 1823, quando da abertura da Primeira Sessão Preparatória da Assembléia Geral, Constituinte e Legislativa do Império do Brasil. Mas tudo tem início no momento em que o imperador dos franceses, Napoleão Bonaparte, declara a deposição da Dinastia de Bragança (ou Bragantina) e ordena a invasão do território português. Essas medidas impõem a transferência da Família Real e da Corte lusitana para o Reino Americano. Sob pressão do exército francês, a 27 de novembro o embarque da Família Real para o Brasil tem de ser feito às pressas e em confusão.
Temendo afundar-se no atraso ao qual estavam submetidas as colônias, o Príncipe Regente D. João, logo ao chegar no Brasil (Salvador, Bahia) a 22 de janeiro de 1808, toma uma série de medidas administrativas e políticas que são colocadas imediatamente em execução. Entre essas, abre os portos ao comércio com as nações amigas, o que se efetua pela Carta Régia de 28 de janeiro. Logo depois cria novas repartições públicas em território brasileiro, como o Banco do Brasil e a Imprensa Régia.
A invasão do território português pelas tropas francesas sob o comando do general Junot não apenas altera a realidade da colônia, que em 16 de dezembro de 1815 se vê elevada à categoria de Reino Unido junto a Portugal e Algarves, mas também afeta profundamente a própria metrópole, com a introdução dos ideais iluministas da Revolução Francesa de 14 de julho de 1789. Quando, enfim, as tropas de Napoleão abandonam Portugal, os súditos de D. João VI, influenciados pelos princípios revolucionários, insurgem-se contra os privilégios absolutistas e deflagram a Revolução Constitucionalista do Porto, no dia 24 de agosto de 1820, em que se exige a volta do rei e a convocação das Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa.
A Revolução do Porto foi um movimento com ideias nitidamente liberais que arrastou adeptos entusiásticos em todas as partes do império lusitano no período pós-invasão napoleônica. Exige-se a elaboração de uma Constituição, "cuja falta é a origem de todos os nossos males", e convocam-se as primeiras eleições de Portugal, Brasil e Algarves para as "Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa", em Lisboa. Os revolucionários proclamam a soberania da Nação sobre o rei e intimam D. João VI a retornar imediatamente a Portugal.
Em 7 de março de 1821, no Rio de Janeiro, o rei D. João VI expede decreto que "manda proceder a nomeação dos deputados às Cortes portuguesas, dando instruções a respeito". Em 23 de março é comunicada a retirada de Sua Majestade para Portugal e fica determinado, também, que "sem perda de tempo, se façam as eleições dos deputados para representarem o Reino do Brasil nas Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, convocadas em Lisboa".

O Príncipe Regente D. Pedro de Alcântara assume o governo em situação político-financeira bastante difícil. Seu pai, o rei D. João VI, antes do seu retorno a Portugal, saca tudo que tinha no Banco do Brasil, que ele mesmo criara e para o qual havia dado, em depósito, as jóias da Coroa, visando a estimular a credibilidade dos correntistas nativos, e leva, então, consigo todos os seus bens. Acompanham o rei D. João VI no seu regresso um contingente considerável de súditos, entre os quais comerciantes e capitalistas. Este fato prejudica o comércio brasileiro, pois a saída súbita de tais pessoas implica a retirada de capitais não só do movimento comercial, como também do Banco do Brasil, que com estes saques e mais os que o rei realizara, fica sem lastro e é forçado a suspender pagamentos.
As Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa são instaladas tão-somente com os deputados de Portugal e que se achavam em Lisboa, excluídos os representantes ainda ausentes ou não-eleitos dos domínios ultramarinos da América, África e Ásia. No dia 26 de janeiro de 1821 teve lugar a solene instalação do Congresso Constituinte, que só encerraria os seus trabalhos legislativos no dia 4 de novembro de 1822.
As eleições dos primeiros deputados do Brasil se dão com atraso e obedecem ao decreto e às instruções expedidas em 7 de março de 1821. Todas as províncias brasileiras existentes à época – então Reino Americano Unido à Monarquia Portuguesa – fazem a escolha de seus representantes para as Cortes Gerais, Extraordinárias, e Constituintes da Nação Portuguesa. São eleitos 97 deputados (inclusive suplentes), procuradores e delegados, mas somente 51 parlamentares comparecem às Cortes Constituintes.
Os primeiros deputados do Brasil a desembarcarem em Lisboa são os da Província de Pernambuco, que prestam juramento e tomam assento "em Cortes" no dia 29 de agosto de 1821, sete meses após instalados os trabalhos constituintes. O primeiro deles a usar da palavra foi o Monsenhor Francisco Moniz Tavares, na sessão de 30 de agosto, seguido de Manuel Zeferino dos Santos e Pedro de Araújo Lima, na sessão de 31 do mesmo mês. Em 10 de setembro tomam posse os representantes da Província do Rio de Janeiro e, em seguida, foram comparecendo e tomando assento os representantes das outras províncias. A representação de Minas Gerais, a mais numerosa bancada, permanece no Brasil, aguardando um melhor momento político. A bancada de Mato Grosso e a bancada de São Pedro do Rio Grande do Sul deixam também de comparecer às Cortes, em Lisboa.
Inicia-se o primeiro capítulo de uma das mais belas páginas parlamentares na construção da democracia brasileira. A partir daí começam a chegar e a tomar posse os demais constituintes das outras províncias do Brasil. O que deveria ser um entrave aos propósitos brasileiros, devido à difícil travessia do Atlântico; às incertezas da terra desconhecida; aos conflitos de interesses, materiais e políticos, entre Brasil e Portugal; e a uma assembléia com ampla maioria portuguesa com propósitos recolonizadores, serve de estímulo aos representantes das províncias. A tudo isso soma-se a defesa veemente e altiva dos interesses do Reino Americano, com arrebatados pronunciamentos que tocam, por vezes, o extremo da audácia. Destaca-se nestes embates, sobranceira, a figura do constituinte Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva (SP). Este, na sessão do dia 22 de maio de 1822, diante do pronunciamento insolente das galerias e assediado de apartes querendo abafar sua voz, que defendia os mais legítimos direitos de sua Pátria, afirma impavidamente, em tom solene que faz emudecer, desde logo, a gritaria: Silêncio! Aqui desta tribuna até os reis têm que me ouvir.
Com o regresso do rei D. João VI às terras lusitanas e com as atitudes e medidas recolonizadoras visadas pela maioria portuguesa nas Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes reunidas em Lisboa, as relações políticas entre Brasil e Portugal se deterioram rapidamente. Em decorrência da irritação das Cortes com os atos do Príncipe Regente D. Pedro de Alcântara, este recebe ordens para regressar à Europa, às quais responde com o "Fico", em 9 de janeiro de 1822. Com isso, a separação do Brasil de Portugal está informalmente realizada. No dia 16 de janeiro, José Bonifácio de Andrada e Silva encabeça um novo ministério formado por brasileiros. Assume a chefia política do movimento para a consolidação da regência de D. Pedro de Alcântara, opondo-se às medidas recolonizadoras das Cortes de Lisboa. No dia 3 de junho é expedido decreto que manda convocar uma “Assembléia Geral, Constituinte e Legislativa” composta de deputados das províncias do Brasil, e já no dia 19 é expedida Decisão de Governo que estabelece as instruções sobre o processo eleitoral. Reinando com autonomia, em 3 de agosto de 1822, o Príncipe Regente D. Pedro de Alcântara manda publicar decreto contendo as instruções para as eleições de deputados à Assembléia Geral, Constituinte e Legislativa do Reino do Brasil, convocada para o ano seguinte.
Declarada a Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1822, e sob forte influência da guerra da independência dos Estados Unidos, da Revolução Francesa e da Revolução Constitucionalista da Espanha, e das guerras de libertação na América espanhola, são convocadas eleições para a Assembléia Geral, Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, que se reúne pela primeira vez, em sessão preparatória, no dia 17 de abril de 1823.
A História da Câmara dos Deputados corresponde aos grandes momentos da História do Brasil em que se ampliam os direitos de cidadania e a construção da democracia.
O Império do Brasil
A 1ª República
A 2ª República
A 3ª República
A 4ª República
A 5ª República
A 6ª República
Mais informações - consulte a obra "A Construção da Democracia" - Síntese Histórica dos Grandes Momentos da Câmara dos Deputados, das Assembleias Nacionais Constituintes e do Congresso Nacional.

Câmara dos Senadores

  • AR-EC-CS
  • Entidade coletiva
  • 1824-1889

O Senado do Império era a Segunda Casa de um sistema bicameral, revisora, vitalícia, e aristocrática. Essa instituição tinha obrigações da mais alta significação política e cultural e seus membros eram escolhidos pelo imperador entre os mais representativos integrantes da “prestigiosa e refinada” elite nacional, cafeicultores e proprietários de engenhos que dominavam o poder econômico e social.
A quase totalidade dos senadores possuía títulos universitários, sendo a maioria obtidos no exterior, principalmente em Portugal, França e Inglaterra, o que caracteriza o Senado do Império como uma Casa culta. Estes senadores foram homens que apresentaram uma constante preocupação em adquirir conhecimentos, ilustrar-se, falar com eloquência, haja vista as constantes referências aos autores estrangeiros em seus pronunciamentos, principalmente, ingleses e franceses. E “em copiar formas de governo, atitudes políticas, práticas parlamentares européias”, evidenciando assim “o valor intelectual do Senado” no contexto da construção da nação, período em que cultura como forma de conhecimento e ilustração era privilegio de poucos. Certamente, esta abertura às idéias do velho mundo influenciou sobremaneira os senadores brasileiros em seus trabalhos.
O nível de estudos, de cultura e a escola teórico-ideológica com a qual se identificavam, fosse liberal ou conservadora, influenciava os senadores nas decisões que tomavam sobre matérias em discussão, mais até do que sua identidade político-partidária ou sua ligação com a província que representavam.
Dois tipos de mentalidade dominaram o Senado: a liberal, representada pelo “homem moderno, intelectual, aberto, ainda com traços de conservadorismo” mas, com uma visão ampla do cotidiano aliada à vontade de mudar; e a conservadora representada por políticos também detentores de formação superior e nível cultural especializado mas, que mantinham a atividade de legislar e a mentalidade voltada para a “defesa do antigo”.
Percebe-se pelos pronunciamentos dos senadores, assíduos leitores, de autores liberais e conservadores, que estes os liam em busca de idéias para transformar o parlamento brasileiro em uma instituição de moldes europeus. Entre os autores estrangeiros mais lidos e citados destacam-se: Tocqueville com a sua obra “Democracia na América”; Lord Grey que versou sobre o governo parlamentar, Maurice Bloch com seu trabalho sobre o governo representativo; Braugham com a democracia e os governos mistos; Bardeau com filosofia do direito; Montalembert com organização judiciária; e Edmunde Berke - “primeiro técnico do conservadorismo moderno” - autor de Reflexões sobre a Revolução Francesa, obra que possibilitou a “mudança da maneira de se ver”, no Velho Mundo, a Revolução Francesa.

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